Inspiração

Ana Paula Almeida pretende homenagear todas as mulheres, particularmente todas as operárias que trabalharam na Fábrica Júlio Afonso, atribuindo nomes femininos a cada modelo dos seus candeeiros. Estas teias de luz são feitas manualmente, em crochet, com fios de lã do espólio da fábrica e produzidos na década de 70. As cores vivas que tingiram os fios nessa época marcam a vivacidade da obra. Estas cores relembram o espírito revolucionário vivido em Portugal. Ser mulher é ser luz, é ser inspiração.

Biografia

Ana Paula Almeida, professora universitária no Departamento de Química da Universidade da Beira Interior, vive na Covilhã, cidade onde cresceu. Desde muito cedo, sempre teve um fascínio pelo trabalho manual, desde o crochet,  tricot, ponto cruz e esmirna. A sua matéria-prima de eleição é a lã, da qual vive rodeada diariamente, dado que mora na casa da antiga Fábrica de Lanifícios Júlio Afonso, herdada pelo seu marido. É membro-fundador e artista residente do New Hand Lab, associação cultural sedeada nessa fábrica, o que tem potenciado o convívio com outros autores e lhe permite a criação de obras coletivas de grande escala. O seu mais recente trabalho são os candeeiros feitos à mão, em crochet, com fios produzidos na década de 70, que espelham simultaneamente a irreverência da inovação e a consciência para a sustentabilidade. Ana Paula Almeida, artista têxtil, inquieta e criativa, inspira-se no território que a envolve, desde as cores às texturas, para dar vida aos fios de lã que habitam o espólio outrora adormecido.

Contacto

ana.almeida.newhandlab@gmail.com
 @anapaulaalmeida.pt